PROGRAMA DE VERIFICAÇÃO INTESTINAL PARA RUMINANTES
Quais são os fatores que afetam a saúde intestinal de bovinos?
O manejo da saúde intestinal para manter a ótima eficiência alimentar, taxa de crescimento e padrões de produção é essencial para a produção de bovinos de carne e leite. A interação entre as células epiteliais, imunológicas e bacterianas que revestem o estômago faz com que o manejo da ração, das infecções e do estresse ambiental se torne crítico para a otimização da saúde e desempenho dos animais.
ESTABILIDADE NUTRICIONAL
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Oxidação
A auto-oxidação é um processo irreversível pelo qual o oxigênio molecular se combina com os nutrientes de um ingrediente ou alimento balanceado, produzindo rancidez e diminuindo a qualidade do alimento. Além da redução da palatabilidade e qualidade da ração, a oxidação tem também importantes efeitos sobre a saúde do intestino e do fígado através da produção de compostos tóxicos.
Fungos e leveduras
Os fungos e leveduras estão presentes em quase todas as rações e matérias-primas e, dependendo das condições climáticas, podem reduzir rapidamente o valor nutricional da ração, produzir micotoxinas e prejudicar as bactérias benéficas presentes no intestino, o que afeta o desempenho dos animais.
Micotoxinas
As micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos produzidos por fungos que reduzem a saúde intestinal dos animais devido aos danos e inflamação do trato intestinal e outros órgãos importantes. O desafio de micotoxinas frequentemente causa reduções de imunidade, produção de leite e desempenho de crescimento.
Sabor indesejável
Os ruminantes são altamente sensíveis aos sabores indesejáveis presentes em muitas matérias-primas, minerais e medicamentos usados no alimento. Os aromatizantes têm sido utilizados na produção de ruminantes há mais de 150 anos para garantir a palatabilidade, o consumo e o desempenho durante os períodos de estresse, desmame e transição de dietas.
Cetose
A cetose é uma doença metabólica que normalmente ocorre durante o início da lactação em vacas leiteiras. É uma deficiência de glicose (ou açúcar) no sangue e nos tecidos. Se a quantidade de carboidratos adequados na dieta não é suficiente para satisfazer as necessidades de glicose das vacas em plena lactação, o fígado começa a produzir glicose a partir de outros compostos básicos do organismo – normalmente as reservas de gordura.
PROTEÇÃO MICROBIANA
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Mastite
A mastite é causada por uma inflamação do tecido do úbere e normalmente ocorre como resposta a uma infecção bacteriana dos tetos. A fonte mais comum de bactérias que causam mastite é a cama contaminada, porém a doença também pode ocorrer como consequência de danos nos úberes. A mastite é uma doença multifatorial e pode ser controlada através da erradicação do patógeno, otimizando a saúde das vacas e proporcionando um ambiente limpo.
Patógenos entéricos
A maioria das mortes de bovinos em todo o mundo é atribuída às doenças que afetam o trato digestivo. A inflamação do intestino e a diarreia neonatal causada por patógenos microbianos são as principais causas de perdas de produção e mortes em rebanhos de leite e carne, e devem ser controladas durante todo o ano para evitar perdas.
ESTABILIDADE E FUNÇÃO INTESTINAL
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Desenvolvimento epitelial deficiente
O subdesenvolvimento do trato intestinal com frequência resulta de estresse ou má nutrição. Se o crescimento das vilosidades é comprometido e o sistema imunológico está subdesenvolvido, os produtores verão reduções significativas de desempenho e uma baixa produção de leite.
Inflamação intestinal
A inflamação intestinal pode ocorrer por infecção, má nutrição ou estresse ambiental e reduz a capacidade dos animais de absorver nutrientes e atingir seu máximo potencial genético. O revestimento do intestino pode ser comprometido, causando condições como a síndrome do intestino permeável.
Distensão ruminal e acidose
A distensão ruminal e a acidose são dois dos distúrbios digestivos mais comuns em confinamentos e vacas leiteiras. Esses distúrbios estão associados a mudanças na fermentação ruminal e desequilíbrios de microrganismos e, no passado, eram tratados com ionóforos. Recentemente, no entanto, a crescente tendência de redução do uso de antibióticos levou os produtores a buscarem alternativas naturais para seu controle, como os taninos.
MEIO AMBIENTE E BEM-ESTAR
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Qualidade da água
A qualidade ótima da água é de extrema importância para a saúde, bem-estar e produção de ruminantes. A presença de água dura e contaminação bacteriana pode reduzir significativamente o desempenho dos animais e aumentar a excreção de água, o que causa problemas de cama e doenças.
Claudicação
A claudicação é um problema significativo de bem-estar e produtividade na produção de ruminantes e inclui uma gama de condições de pernas e patas que impedem a mobilidade e podem resultar de doenças, manejo e fatores ambientais. Dependendo da gravidade, a claudicação pode ter um grande impacto no desempenho das vacas em termos de rendimento, longevidade e fertilidade.
Pior pontuação do escore fecal
A avaliação das fezes pode proporcionar informações sobre a saúde intestinal e a fermentação/função ruminal. As infecções e distúrbios que afetam a saúde intestinal frequentemente resultam em fezes anormais e o monitoramento de sua cor, conteúdo e consistência pode ajudar na detecção precoce e prevenção.
Alta excreção de nitrogênio
A melhora da utilização do nitrogênio é um importante objetivo em qualquer sistema de produção de ruminantes. Os desequilíbrios de proteína e energia na dieta causam uma redução da eficiência digestiva ruminal (por exemplo, a absorção excessiva de amônia no rúmen), que leva à produção de ureia pelo fígado e sua excreção através da urina.
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